terça-feira, 31 de março de 2009

RITUAL PARA DESCOBRIR O ANIMAL DE PODER



Existem inúmeras formas de efetuar um ritual para descobrir o seu animal de poder.
Particularmente, acho que essa é uma maneira bem simplificada, tanto para os bruxos solitários como para aqueles os que são membros de um coven

Em uma noite de lua cheia, tome um banho de ervas, de sua preferência e sal grosso, coloque uma roupa limpa e confortável, dirija-se a um local tranqüilo, se possível ao ar livre. Acenda uma pequena fogueira, que deverá ser extinta ao final do ritual, tomando os devidos cuidados. Faça um círculo mágico com pedras previamente escolhidas, sente-se de pernas cruzadas no centro do círculo e de frente para a fogueira que deverá estar fora do círculo. Acenda uma vela branca à sua esquerda e um incenso à sua direita. Tenha à mão um maço de ervas secas de sua preferência, tipo: arruda, alecrim, benjoim, alfazema, etc.
Jogando um punhado de ervas na fogueira, faça a seguinte invocação:


-"Que o Grande Espírito esteja comigo hoje e sempre.
Eu (diga seu nome), seu (sua) filho (a), peço permissão para iniciar este ritual.
Espíritos ancestrais, acendam as chamas dos irmãos animais, para que iluminem meu caminho."


Jogue mais um punhado de ervas na fogueira e diga:


-"Ancestrais, antigos aliados, aqueles que trazem a memória do tempo, ouçam meu pedido, sintam minha intenção e estejam comigo.
Nas patas do cavalo, nos olhos da coruja, nas asas da águia, nas garras da onça, no bico do gavião, que se acenda em minha alma a força do meu animal guardião."


Jogue mais um punhado de ervas na fogueira e diga:


-"Ancestrais, antigos aliados, aqueles que trazem a memória do tempo, ouçam meu pedido, sintam minha intenção e estejam comigo.
Nas patas do cavalo, nos olhos da coruja, nas asas da águia, nas garras da onça, no bico do gavião, que se acenda em minha alma a força do meu animal guardião."


Jogue outro punhado de ervas na fogueira. E diga:


-"Que meu animal guardião se apresente agora, que eu possa sentí-lo e a ele me religar."


Respire profundamente e deixe a sua mente vagar em busca do animal. Com os olhos fechados, deixe que seu animal se apresente.


É possível que vente nesse momento ou ocorra algum fenômeno atmosférico, não se assuste. Sinta seu corpo, sinta seus pés, sinta as patas do animal fundindo-se aos seus pés e mãos.


Sinta suas pernas, braços e tronco.


Sinta todas as partes de um animal se fundindo ao seu corpo.


Procure se identificar com o animal.


A essa altura você já saberá qual é este animal, então sinta a cabeça do animal fundindo-se à sua cabeça.Agora você é o animal, comece a sentir-se como o animal, não tema pois estará protegido no círculo mágico.


Sua mente poderá assumir o animal e explorar o território sob a identidade do animal.


Se for um pássaro, poderá voar, se for um peixe
experimentará a sensação de nadar, se for um felino sentirá seu poder e assim por diante. Concentre-se no animal e experimente o seu poder, seja o animal, viva o animal.


Este ritual poderá durar horas ou minutos, dependerá exclusivamente de você.
Quando quiser finalizar o ritual, agradeça ao Grande Espírito e as entidades presentes, por esta experiência, bata palma três vezes, dizendo:
-"Este ritual está encerrado".


Apague a fogueira, desfaça o círculo.




Caso não consiga despertar seu animal, no primeiro ritual, não desista e faça a seguinte oração:


-"Espíritos antigos, meus ancestrais, em nome do Grande Espírito, ouçam minha oração, revelem-me em sonho meu animal guardião."E repita o ritual na próxima Lua Cheia.

segunda-feira, 30 de março de 2009

DESCOBRINDO O SEU ANIMAL DE PODER



Uma das primeiras coisas a que devemos estar atentos quando queremos descobrir nosso Animal de Poder, é ter a certeza de que é ELE que nos encontra, e não o contrário.
Ele chegará a nós no momento certo, em que estejamos preparados, e principalmente, quando realmente precisarmos de sua ajuda.
Ele aparecerá através de sonhos, imagens, idéias, símbolos, e aparições constantes que se mostrarão mais do que simples coincidências, até que fique perto de nós de uma maneira tão natural que fará parte do nosso cotidiano.
As sociedades antigas estudaram o mundo natural, observando a Natureza, para tentar entender o super natural. Precisamos voltar a nos reconectar com o mundo que nos cerca, em todos seus reinos, para entender seus sinais, e como aplicá-los como estratégia de vida.

Um Aninal de Poder é aquele cuja energia você se sente associado durante toda sua vida. Descobrindo seu animal, observando, estudando seu arquétipo, você poderá utilizar suas qualidades e características quando necessitar.
Quando você consegue identificar e reconhecer seu animal, (seja aquele que o guia durante toda sua vida, ou os aliados, que nos ajudam em determinados momentos e dificuldades), começa a desenvolver uma visão diferente de si mesmo, recebendo um novo tipo de inspiração.
Quanto mais entender seu Totem, mais entenderá a si mesmo.
Como diz Jamie Sams, uma das maiores conhecedoras desse tipo de trabalho com nossos aliados :
"Nossos companheiros animais exibem padrões de comportamento capazes de transmitir mensagens ocultas a qualquer pessoa atenta o bastante para captar suas lições de vida."

O começo para a descoberta de nosso Animal de Poder:

- Saber que estamos nos comunicando com o arquétipo do animal. Ou seja, quando falamos de um Urso, ele é o símbolo de todos os ursos que já viveram, vivem ou viverão. Ou seja, não se trata de um animal individual em particular, mas da energia ancestral que está presente em todos os indivíduos daquela raça.


- Cada animal tem um espírito poderoso. Cada um tem seu talento. O estudo de seus talentos
nos revelará o tipo de cura e poder que ajudará no desenvolvimento de nossa própria vida.

- Normalmente, os animais de poder são selvagens, e não domesticados. Pessoas podem ter cachorros ou gatos como totem, porém estes poderes se manifestarão de uma forma mais suave. Devem então procurar relacionar o cachorro com qualquer outro da família canina, como o lobo ou o coiote. O mesmo ocorre com os gatos, relacionados com a família felina.

- Saber sempre que o animal escolhe a pessoa, e não ao contrário. Não adianta "forçar" um relacionamento por ser um animal que sempre admiramos. Não existirá harmonia e o resultado será frustrante.
Nenhum animal é melhor ou pior do que o outro. É muito melhor usarmos a energia do Rato de forma consciente e poderosa, do que não saber ser efetivo com a energia da Águia, por exemplo.

- É preciso saber desenvolver um relacionamento com seu Animal de Poder. Comunicar-se com profundo respeito. Aprender o ponto de vista dele. É necessário acreditar e entender suas limitações, assim como ele reconhecerá as suas. Isso leva tempo, paciência e prática.

- Honre seus animais, para que seu poder de cura se realize em seu cotidiano. Quanto maior significado ele tiver na sua vida, mais poderoso ele será.
Traga-o para mais perto de você:
· Coloque fotos deles perto, em seus locais preferidos de estar.
· Desenhe suas formas e cores.
· Leia e aprenda o máximo possível sobre eles.
· Vá colecionando símbolos, fetiches, esculturas, objetos que se relacionarem com eles.
· Doe seu tempo ou materialmente algo para ajudar uma organização que ajude a vida selvagem.
· Dançar o seu totem é uma ligação poderosa. Aprenda pela mímica seu comportamento. Os sons que faz. Imite sua maneira de voar, andar ou rastejar. Veja a você mesmo como se fosse seu Animal de Poder, usando suas qualidades de maneira apropriada em sua vida. Olhe pelos olhos deles cada situação difícil que aconteça com você.
· Procure no Yoga, Tai-Chi, Bio Dança ou qualquer outra modalidade de expressão que lhe agrade, formas de postura de determinado animal.
· Você pode chamar os animais para ajudar em determinada época de sua vida; para algum acontecimento, ou até para uma semana ou dia determinado.
· Depois que tiver aprendido a trabalhar com a cura do seu próprio Animal de Poder, ficará mais fácil se conectar com outros do reino animal. Você não está limitado somente a um animal. Outros poderão lhe ensinar ou adicionar algo importante para sua vida, que o seu não pode, por não possuir este tipo de energia.

Existem inúmeras formas para se conectar de maneira sagrada com os animais. É um longo, criativo e maravilhoso caminho. Mas, principalmente, descubra a SUA maneira, o SEU jeito, o SEU tempo, os SEUS símbolos. E descubra tudo isso sem medo, sem reservas. A confiança neles e em você é a primeira pedra na conquista desta construção.

O ANIMAL DE PODER OU ANIMAL GUARDIÃO




Algumas vezes, quando olhamos para uma pessoa, essa pessoa nos lembra um animal, quer seja pelas suas características físicas ou pelo seu temperamento, não é?
Quem ainda não se deparou com a expressão:
-“Despertei o animal que existia dentro de mim”?
Isso porque, todos nós temos um animal que em espírito, permanece junto de nós nos passando energia e boas vibrações. É o nosso animal de poder ou animal guardião.
Os antigos consideravam o seu animal de Poder como “AQUILO” que lhes dava força e vitalidade, e que este animal, o espírito dele, estava sempre nos rondando, nos protegendo, sempre por perto, sem se afastar muito.
Mas, que às vezes, ele se afasta demais, entretido com alguma coisa, ou por muito tempo, e que quando isso acontece, a pessoa se sente desanimada.
Eles acreditavam que esse espírito era como a alma, como a anima da pessoa, por isso a gente fica "des-animado", sem alma ou sem anima, e que era necessário trazê-lo de volta, para que a pessoa se restabelecesse, ou do contrário poderia até ficar doente.
E a maneira como faziam, era "dançando" o animal de Poder;
Isso significa fazer os movimentos e os sons que o seu Animal de Poder faz e emite.
Ou seja, que a pessoa que estava "des-animada", imitava o comportamento de seu animal e isso fazia com que ele retornasse, devolvendo-lhe a vitalidade e a saúde.
Se você está desanimado(a) e já sabe qual é o seu animal de poder, experimente trazê-lo de volta através da imitação e verá o quanto esta afirmação é verdadeira; não se sinta ridícula(o), ou boba(o), pois é uma interessante experiência e de grande valor na bruxaria.
Você também pode fazê-lo antes de fazer um trabalho espiritual, ou quando for enfrentar uma situação difícil, no mundo físico, na qual vai precisar de força ou valor.
Certamente ele vai acompanhá-lo, e ajudá-lo da melhor forma que você precisar.
Também, ele pode ensinar muito sobre você mesma(o) e seus hábitos, gostos, preferências, etc., assim como dar-lhe muitas vantagens na vida.
O Animal de Poder não é necessariamente um animal feroz, mas nunca será um animal doméstico; por exemplo conheço uma moça, que o animal dela é uma Sereia.

É perfeitamente lógico para ela, pois realmente a melhor defesa dela é o charme e a doçura que ela espalha, e que "encanta" a todos, deixando os inimigos dela imobilizados, e sem ação.
E não pensem que ela é fútil, ou muito levada, ao contrário, é uma pessoa muito centrada, com uma grande dose de responsabilidade, pelas suas ações e pelas coisas em torno dela.
O sonho dela é encontrar o parceiro certo, e viver com ele, feliz o resto da vida, crescendo e aprendendo juntos.
Conheço um bruxo, escorpiano, que o animal dele é um tiranossauro Rex, o que lhe cabe como uma luva; pois quando fica brabo, é esse animal exato que se expressa nele.
Estou certa de que quando ele aprender a dosar essa força, terá se tornado um guerreiro imbatível.
Poderia continuar a falar de outros exemplos, mas se ainda não sabe qual é o seu, o melhor é você procurar saber, e deliciar-se com as coisas que ele vai lhe explicar sobre sua alimentação, seu jeito de andar, a música que gosta, se gosta de andar e estar só, ou se prefere a companhia de muitas pessoas, como os lobos que andam em matilhas, e dai por diante.
Seu animal de poder, a partir do momento em que seja despertado, será seu protetor e ajudante infalível.

CAIRNS

Em tempos primitivos, através do mundo, povos erguiam montes ou pilhas de pedras. Estes eram por vezes criados para assinalar a passagem de viajantes, ou para comemorar algum evento histórico, mas normalmente esses Cairns (montes de pedras) tinham significado ritual.

Segundo o pensamento mágico, os cairns eram locais de poder. Concentravam as energias das pedras utilizadas em sua construção. Os cairns têm suas raízes na Terra, mas erguem-se em direção ao céu, simbolizando o elo entre o mundo físico e o espiritual.

Durante círculos ao ar livre, um pequeno cairn, composto por não mais de nove ou onze pedras, pode ser formado em cada ponto do Círculo de Pedras. Pode-se fazê-lo antes da criação do próprio círculo.

Da próxima vez que estiver em local silvestre, isolado, com uma grande variedades de pedras, limpe um ponto entre elas e sente-se. Visualize um desejo mágico. Enquanto visualiza, apanhe uma pedra próxima. Sinta a energia que pulsa em seu interior - o poder da Terra, o poder da Natureza. Coloque-a no solo limpo. apanhe outra ainda visualizando seu desejo, e coloque-a próxima à primeira.

Ainda visualizando, continue a acrescentar pedras, formando uma pilha. Vá adicionando pedras até senti-las vibrando e pulsando diante de você. Coloque a última pedra em cima do cairn com um firme propósito ritual - afirme para si mesmo, para o cairn e para a terra que, com este ato mágico final, você está manifestando seu desejo.

Coloque suas mãos dos dois lados da pilha. Dê a ela sua energia por meio de sua visualização. Cuide dela, alimente-a com força e veja seu desejo se realizando.

Deixe então o cairn a sós para que trabalhe.

BLESSED BE



A maioria dos wiccanos usa o cumprimento ritual “blessed be” com muito orgulho, assim que dá os primeiros passos nesta prática.

Com reverência e alegria, concede inúmeros “blessed be”, na felicidade de sentir-se parte de uma comunidade mágica em expansão.

Este uso indiscriminado é praticado por wiccanos recentes ou experientes, todos pensando estar distribuindo uma bênção corriqueira, um simples “abençoado(a) seja”.

Isto porque poucos sabem o significado e as implicações de tal saudação.

Originariamente, o “blessed be” é a forma contraída de um cumprimento ritual wiccano (gardneriano/alexandrino, principalmente, mas usado por todos os sub-grupos de wicca), usado com formalidade e intimidade, adaptado de uma prática celta mais antiga.
É também chamado de beijo quíntuplo (five-fold kiss).

O cumprimento é realizado entre o sacerdote e a sacerdotiza do coven, ou pelos membros do coven entre si, mas apenas entre homens e mulheres, pois é a saudação do feminio pelo masculino e vice-versa.

A sacerdotiza e o sacerdote ficam frente a frente.

O sacerdote ajoelha-se diante dela, e beija seus pés, dizendo:

-"Abençoados sejam (blessed be), teus pés, que te conduzem pelo caminho".

Depois, beija seus joelhos, dizendo:

-"Abençoados sejam teus joelhos, que se dobram diante do altar".

Depois, beija a região do útero dela, dizendo:

-"Abençoado seja teu ventre, que propaga a vida".

Depois, beija seus seios, dizendo:

-"Abençoados sejam teus seios, que nutrem a vida, formados em beleza".

Depois, beija seus lábios e diz:

-"Abençoados sejam teus lábios, que proferem os nomes sagrados".

Os dois se abraçam.

Então, a sacedotiza ajoelha-se diante dele, beijando-o nos pés, joelhos, genitais, peito e lábios, dizendo:

-"Abençoados sejam teus pés, que te conduzem pelo caminho.

Abençoados sejam teus joelhos, que se dobram diante do altar.

Abençoado seja teu falo, que a tudo fertiliza.

Abençoado seja teu peito, formado em força.

Abençoados sejam teus lábios, que proferem os nomes sagrados" (conforme beija cada local).

Os dois se abraçam.
Portanto, ao cumprimentar outra pessoa com a forma “blessed be”, concede-se ao outro exatamente um beijo quíntuplo.

Ele não deve ser oferecido a qualquer um, mas usado criteriosamente e parcimoniosamente.

É representante de confiança, intimidade e reconhecimento sagrado.

COMO PRONUNCIAR O NOME DE CADA SABBATH



Sabbath (sabá)
Nome das datas festivas na roda do ano.

Samhaim: "sôu-êin"
Yule: "iúle"
Imbolc: "imbôlc"
Ostara: "ostára"
Beltane: "beltêine"
Litha: "líta"
Lammas: "lâmas"
Mabon: "mêibon"

Qual a importância da celebração dos sabás?
- a sua conexão com a Natureza;
- a prática da religião;
- introspecção;
- auto- conhecimento;
- percepção do mundo à sua volta;
- celebrar a mudança das estações;
- vivência dos ciclos;

Dentre muitos outros fatores. São inúmeros.

domingo, 29 de março de 2009

LEI WICCANA


(Rede Wiccana)

A Lei Wiccana respeita,
Perfeito amor, confiança perfeita.
Viva e deixa viver,
Dá o justo para assim receber.
Três vezes o círculo traça
E assim o mal afasta.
E para firmar bem o encanto
Entoa em verso ou em canto.
Olhos brandos, toque leve,
Fala pouco, muito ouve.
Pelo horário a crescente se levanta
E a Runa da Bruxa canta.
Pelo anti-horário a minguante vigia
E entoa a Runa Sombria.
Quando está nova a lua da Mãe,
Beija duas vezes Suas mãos.
Quando a lua ao topo chegar,
Teu coração se deixará levar.
Para o poderoso vento norte,
Tranca as portas e boa sorte.
Do sul o vento benfazejo,
Do amor te traz um beijo.
Quando vem do oeste o vento,
Vêm os espíritos sem alento.
E quando do leste ele soprar,
Novidades para comemorar.
Nove madeiras no caldeirão,
Queima com pressa e lentidão.
Mas a árvore anciã, venera,
Se queimares, o mal te espera.
Quando a Roda começa a girar
É hora do fogo de Beltane queimar.
Em Yule, acende tua tora,
O Deus de chifres reina agora.
A flor, a erva, a fruta boa,
É a Deusa que te abençoa.
Para onde a água correr,
Joga uma pedra para tudo ver.
Se precisas de algo com razão,
À cobiça alheia não dá atenção.
E a companhia do tolo, melhor evitar,
Ou arriscas a ele te igualar.
Encontra feliz e feliz despede,
Um bom momento não se mede.
Da Lei Tríplice lembre também,
Três vezes o mal, três vezes o bem.
Quando quer que o mal desponte,
Usa a estrela azul na fronte.
Cultiva no amor a sinceridade,
Para receber igual verdade.
Ou um resumo, se assim preferes estar:
faz o que tu queres,
Sem nenhum mal causar.

AS TREZE METAS DA WICCA


Conhecer a si mesmo
Saber sua Arte
Aprender
Usar o que você aprendeu
Manter o balanço das coisas
Manter suas palavras verdadeiras
Manter seus pensamentos verdadeiros
Celebrar a vida
Alinhar você mesmo com os ciclos da terra
Manter seu corpo correto
Exercitar seu corpo e mente
Meditar
Honrar o Deus e a Deusa

A COZINHA DA BRUXA:


Cozinha também é lugar de bruxa. O ato de preparar alimentos funciona como uma verdadeira alquimia.
Os ingredientes utilizados são os mesmos encontrados em qualquer casa: arroz, feijão, condimentos, ervas aromáticas.
A diferença está nos detalhes e no objetivo que se deseja alcançar, ou seja, na magia da mente e dos atos.
Cozinhar em panela de barro atrai abundância financeira e saúde, a de vidro é apropriada para conquistas amorosas e a de ferro favorece os pedidos em geral e qualquer tipo de bruxaria. Nunca use colheres de alumínio, pois pode quebrar o feitiço. O importante é mentalizar o que desejamos enquanto preparamos os alimentos.
E as asas de morcego, rabo de escorpião e patas de urubu? As bruxas não queriam que os conhecimentos da Arte caíssem em mãos erradas por isso colocaram coisas tenebrosas para que as pessoas tivessem nojo ou medo e não usassem esse conhecimento para o mal.

DICIONÁRIO DE COZINHA DA BRUXA:

• Asa de Morcego: Pimenta do reino
• Coração de Boi: Tomate
• Barriga de Sapo: Pepino
· Sangue de Moça Virgem: Vinho tinto
•Rabo de Escorpião: Salsa ou coentro
•Moscas Mortas: Uvas passas
•Olho de Sapo: Azeitona
•Terra de Túmulo: Chocolate
•Elfos Negros: Chá preto
•Ossos Moídos: Farinha de trigo
•Beijo da Sereia: Sal
•Pernas de Aranha: Alecrim
•Penas de Fênix: Louro
•Saliva de Dragão: Vinagre
•Pêlos de Unicórnio: Açúcar
•Lágrimas de Moça: Cebola


O ARMÁRIO DE COZINHA DA BRUXA:

O armário de cozinha guarda uma quantidade surpreendente de ingredientes mágicos, muito temperos e ervas aromáticas que usamos para cozinhar tem associações mágicas. Aqui você encontra alguns temperos e ervas mais comuns e suas associações mágicas:

• Alecrim: Cura, amor.
• Alho: Proteção, purificação.
• Canela: Prosperidade, felicidade no ambiente doméstico.
• Casca de Limão: Diminui a negatividade, cura.
• Cebolinha: Proteção, absorção de más vibrações.
• Cravo-da-Índia: Proteção, para acabar com as fofocas.
• Endro: Segurança.
• Hortelã: Calmante, harmonizador e ajuda a dissolver a raiva.
• Louro: Fortuna, fartura e sorte.
• Manjericão: Dinheiro, sorte.
• Orégano: Traz a beleza e aumenta o poder de sedução.
• Pimenta-malagueta: Poder, sucesso.
• Salsinha: Purificação, proteção.
• Sálvia: Sabedoria.
• Tomilho: Melhora a saúde e aumenta a coragem.

A MAIOR BRUXARIA


Muita gente fica fascinada com a idéia de se tornar uma bruxa ou bruxo. Não é raro encontrar gente que realmente acredita que voamos em vassouras, ou que, ao nos tornarmos bruxas, poderemos transformar a vizinha fofoqueira em sapo, ou ainda conquistar instantaneamente o gatinho mais cobiçado da escola. Pessoas que buscam a wicca com esse tipo de ilusão, ou que acham que reproduzindo o que viram em seriados como ‘Charmed’ ou no filme ‘Jovens Bruxas’ estão praticando a antiga Arte da feitiçaria, só podem se tornar ridículas e se decepcionar.

A Wicca lida sim, com magia natural, ou seja, magia com os elementos da natureza: água, terra, fogo e ar.
Mas para que ela serve? Para que é empregada, por nós bruxas e bruxos?

Uma coisa importante a entender é que uma bruxa usa magia, em primeiro lugar, para moldar aspectos de sua própria vida. Depois, pode ser que ela use magia para resolver questões da coletividade (por exemplo, temos trabalhado muito em prol da paz mundial) ou para atender pessoas próximas que estejam com problemas nos quais ela ache lícito interferir.

Infelizmente, temos no Brasil uma cultura criada pelo popular ato de recorrer a guias espirituais, cartomantes, benzedeiras e auto-intitulados 'magos' de todos os tipos, de crer que bruxas também fazem 'atendimentos', realizam “trabalhos” para clientes leigos em troca de pagamento. Isso é totalmente falso, ou, pelo menos, não faz parte de nossa postura como sacerdotisas e sacerdotes dos deuses antigos.

Quando uma bruxa lida com magia ela busca a maior de todas as magias: a sua própria autotransformação. Isso implica que a bruxaria é um caminho para pessoas que não fogem do caminho do autoconhecimento: só pode se transformar quem se conhece.

Ao falar de autoconhecimento fica bem claro que a wicca não é um caminho para quem é ‘bruxo de shopping’, ou seja, gosta de enfeites e símbolos da bruxaria, compra objetos rituais caríssimos ou veste roupas que parecem com o que se imagina que seja uma bruxa. Bruxaria também não é um modismo, não é uma imitação de filmes com efeitos especiais. Bruxaria é, antes de qualquer coisa, a vida, que é a magia que está a nosso alcance a todos os momentos. Autoconhecimento, e transformação implicam anos de dedicação e estudo, anos de prática e vivência na tentativa de aperfeiçoar sua personalidade e viver mais livre de condicionamentos e pressões, seja do seu inconsciente, seja das pessoas que o cercam.

Você se conhece? Está disposto a enfrentar aspectos de sua personalidade que não são muito harmônicos, em uma busca constante de equilíbrio? Você reconhece em você mesmo o Universo inteiro e é capaz de perceber que todas as respostas estão dentro de você? Se a resposta for afirmativa, talvez o caminho wiccaniano seja para você.

Você é natureza. Tudo o que cerca você é natureza. A Deusa é natureza portanto, é TUDO.

Começar a compreender que a Wicca não é para fazer magias eventuais, tão pouco para ter poder sobre os outros, nem para servir ninguém, mas sim encontrar dentro de si as respostas sobre como deve ser sua vida, é essencial para poder dizer-se bruxa ou bruxo.

Recuperar seu poder pessoal, saber ser único, sagrado e integrado no todo universal: essa é a maior magia que se pode fazer.

AS LEIS HERMÉTICAS DA FEITIÇARIA



Muito embora a maioria das pessoas imaginam que magia não tenha nada a ver com ciência, pois saiba que as duas caminham juntas. Elas casam e nos entregam o fruto deste amor: A CIÊNCIA DA FEITIÇARIA.
Somos homens de uma NOVA ERA e usar ciência como abordagem de Feitiçaria, nos dá uma base sólida, onde podemos nos apoiar.A Tradição da Ciência baseia-se nos princípios herméticos que são paralelos aos princípios da nova física. Tem suas origens nos ensinamentos de Hermes, considerado um deus indo-europeu universal que ensinou astrologia, alquimia e muitas outras práticas mágicas que estão no cerne da Feitiçaria.Pitágoras era versado em princípios herméticos, assim como os druidas.
Quando nos referimos a Feitiçaria como ciência, estamos afirmando que ela é um sistema baseado em teorias que podem ser demonstradas em um ambiente controlado. As magias e feitiços são as experimentações que produzem um resultado final, que pode ser satisfatório ou não. As ciências físicas mant6em hoje, resultados com êxito na ordem de 32%, por experimento. Para se ter uma idéia, em meus sortilégios sempre uma taxa de satisfação de 50% a 75%. Sempre levo em consideração, nestes casos, o material utilizado, data e hora, condições metereológicas e astrológicas, condições físicas e psicológicas do experimentador, tudo que possa alterar o desfecho do sortilégio.
As Sete Leis Herméticas que descreverei agora são básicas da Feitiçaria, necessárias não só como fonte de conhecimento, mas para seu bom desempenho como bruxa(o).




1. A LEI DO MENTALISMO - "Penso, logo existo"
Esta lei nos afirma que todo o universo é MENTAL. TUDO existe na mente da Deusa ou do Deus, que nos "pensa"para a existência. Seria como dizer que todos somos computadores interligados em uma rede, onde o provedor, por exemplo seria a Grande Mãe. Somente Ela possui a mente Divina que nos sustenta e nos fornece subsídios para a nossa evolução.
Os cientistas acreditam que os fenômenos do mundo material têm seu esteio numa ordem chamada de inteligência objetiva. Nós bruxa sabemos tratar-se da Mente da Deusa. Todo conhecimento flui e reflui através Dela. Entretanto, é lógico que mesmo estando nós conectados "dia e noite" com Ela, não temos acesso a todo o tipo de conhecimento, pois caso isso acontecesse, não teríamos como manuseá-lo, nem processá-lo. Como a natureza é perfeita, ela nos presenteou com filtros ou bloqueadores que impedem que a nossa mente seja bombardeada com excesso de informação. Sem filtrar sons, sabores, cores, cheiros e idéias, não nos seria permitido nos concentrar em nossas tarefas.
Somente em "estado alterado de consciência" é que estes bloqueadores são desligados e estaremos então em contato direto com nossa Deusa. Abrimo-nos, então para a Mente do Todo.


2. A LEI DA CORRESPONDÊNCIA - UNIVERSO HOLOGRÁFICO
"Como em cima, assim em baixo,como embaixo, assim em cima."Este princípio nos diz que vivemos em mais de um mundo. A nossa perspectiva presa ao plano físico da Ter. nos impedi de enxergar os domínios de cima e abaixo. A nossa atenção se prende ao "macrocosmo", sem nos deixar ver o "microcosmo". O princípio da correspondência diz-nos que o que é verdadeiro no macrocosmo, também o é no microcosmo. Como explicar tal fenômeno?
Pois bem, os físicos de hoje estão descobrindo a Lei de Correspondência Holográfica do Universo. Um holograma é uma foto criada pela luz de dois feixes de laser, sendo que um banha o objeto e o segundo projeta a luz do primeiro. A interferência entre eles é captada em um filme. Quando o filme revelado é iluminado por um terceiro feixe, o objeto original aparece em três dimensões. Este holograma se fragmentado por um número infinito de vezes, sempre produzirá cópias de um objeto, observandosempre suas características originais, ou seja, a parte no todo e todo nas partes.
"A super teoria holográfica afirma que nossos cérebros constroem a realidade concreta interpretando freqüências vindas de uma dimensão que transcende o tempo e o espaço. O cérebro é um holograma que interpreta um universo holográfico."
(Marlyn Ferguson).

Os hologramas podem, também elucidar as aparições espectrais.Um fantasma, poderia ser simplesmente um holograma, uma imagem imprimida e retida, sem as substâncias físicas que a constituem. Um determinado objeto ou evento pode ser "fotografado"nos campos de energia universais. Bem mais tarde, esta imagem pode reaparecer quando a mesma configuração luminosa se repetir como da primeira vez.
Sendo o universo tão fluídico e funcionando de maneira holográfica, podemos concluir que qualquer evento poderá reaparecer em qualquer lugar onde a energia luminosa original seja reativada ou "invocada".Uma mente treinada, como a de uma bruxa, se utilizando de instrumentos como a bola de cristal ou espelho, poderá captar eventos de outras datas e de qualquer mundo. Obedecem estes princípios certas ervas, lugares, rituais, etc.Na Tradição Herbácea, sabemos que plantas ativam uma energia específica dependendo da sua cor. Por exemplo, ervas de floração amarela, são associadas ao Sol e sua energia cura males que exijam a luz solar.
Já florações roxas são associadas à Urano, cor-de-rosa à Vênus, vermelho à Marte e assim por diante. Todas as bruxas devem ter uma tabela de correspondência para encontrar as ervas corretas para seus sortilégios.
Pois é, novos tempos, novas transformações.
Agora sabemos que não só o cérebro humano funciona holograficamente, mas também todo o Universo é um grande holograma. Portanto, os poetas é que estavam certos ao dizerem que poderíamos sentir o universo em uma gota de orvalho.


3. A LEI DA VIBRAÇÃO - A DANÇA DO UNIVERSO
Nenhum evento está perdido no universo. As vibrações emitidas são eternas. Todos nós somos seres pulsantes em um universo vibrante. Mas a matéria, não só emite um movimento vibratório, como constituí um movimento vibratório que pode ser mensurado.As ondas cerebrais "Alfa"(estado alterado de consciência), que muito utilizamos em Rituais, Invocações ou Visualizações, por exemplo, apresentam a freqüência vibratória de 14 a 7 ondas por segundo. Os "Beta", mais rápidos, apresentam de 14 a 30 ciclos e ocorrem quando estamos mentalmente alertas. As mais lentas são as "Teta" e a "Delta", que ocorrem respectivamente na sonolência ou tranqüilidade profunda e sono profundo sem sonhos.
A fotografia Kirlian é outro modo de medir o campo vibratório em torno de objetos (aura). O campo de energia em torno das plantas, rochas e do corpo humano, pode ser captado em fotografias especialmente reveladas.
Estudos recentes com a fotografia Kirlian, revelaram um estranho fenômeno: um arbusto recém podado, continuava emitindo a aura do galho cortado. Conclui-se, portanto, que a planta continua emitindo a aura da parte desaparecida, indicando que vibrações no campo em torno do objeto, persistem mesmo depois que o objeto físico deixou de existir. A fotografia Kirlian já provou também que a aura em torno das mãos dos curandeiros se intensifica durante uma sessão de cura.As Bruxas sempre souberam que os objetos emitem energia, pois trabalhamos com eles, os consagramos e os tornamos mágicos. Também sabemos que vibrações a auras afetam nossas mentes e corpos e influenciam situações.
Conclui-se então, que os conceitos de "bons fluidos" e "maus fluidos", não era uma simples fantasia.


4. A LEI DA POLARIDADE - OPOSTOS DA MESMA COISA
Tudo é duplo, tudo tem pólos, tem o seu oposto, o igual e o diferente é a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, só diferem em grau, todas as verdades são meias-verdades, todos os paradoxos podem ser conciliados. " Hermes / AdilsonToda a ciência é embasada neste princípio. É A CHAVE DO PODER DO SISTEMA HERMÉTICO.
O físico Bohr estabelece que a energia deve ser descrita como partículas e ondas e que ambas são necessárias e complementares para uma imagem da realidade. Seria o princípio da "Complementaridade dos Opostos". A ciência moderna opera com este princípio.
Todo o Universo é constituído de cargas negativas e positivas mutáveis, pois sabemos que as cargas podem ser alteradas (se retirando ou colocando elétrons). Na magia ocorre a transferência de energias positivas e negativas dirigidas pela consciência. Com o profundo conhecimento deste princípio, poderemos modificar nossa própria polaridade, assim como a dos outros, como por exemplo, transformando ódio em amor, dois estados mentais diferentes, mas na realidade iguais, pois exprimem o mesmosentimento em graus diferentes.
É reconfortante saber que a energia vital flui continuamente e que temos o poder de avançar ou recuar. O domínio destes opostos nos fará caminhar em equilíbrio com o Universo, basta que nós reconheçamos o ponto médio destes extremos. O centro é onde ocorre a reconciliação e é o portal para se vivenciar a unidade de todas as coisas.



5. LEI DO RITMO - A FORMA DO BAILADO
Já sabemos pelas Leis Herméticas que tudo está em constante transformação, em movimento e se constitui de forças antagônicas de coisas iguais. A lei do Ritmo vem nos mostrar de que forma se processa este "bailado". Aqui se aprende que nem tudo é o que parece. Por exemplo, o movimento linear das ondas do mar esconde o movimento circular de cada gota que a compõe.
As coisas fluem e refluem, descem e sobem ou entram e saem. O ritmo é medido nestes extremos. Segundo Heráclito, filósofo grego, tudo está em perpétua mudança, num contínuo estar de "vir-a-ser", uma interação e interpenetração de opostos.Os filósofos chineses já falaram que a essência do Tao está no fato de que os opostos deixam de ser opostos no "centro de um círculo que responde a infinitas mudanças."
A Lei do Ritmo nos assegura que a Roda da Vida, que gira eternamente, está sempre completando um círculo. Assim, suas manifestações estão nas alterações do dia e da noite, nas mudanças de estação e na vida que se processa através do nascimento, crescimento, maturação, morte e renascimento.
A filosofia hermética, observa que a nossa vontade pode nos levar a dominar as forças que nos cercam. "O pêndulo oscila sempre, embora possamos escapar de sermos levado por ele."
O segredo está em aprendermos em primeiro lugar a dominar a nossa própria energia para depois definirmos para onde ela deve ser dirigida.
O Mestre Hermetista polariza-se até o ponto que desejar, e então, neutraliza a oscilação rítmica pendular que tenderia a arrastá-lo ao outro pólo.



6. LEI DO GÊNERO - OS MASCULINOS E FEMININOS UNIVERSAIS
A lei do gênero é semelhante ao princípio "anima" (poder feminino) e "animus" (poder masculino) que Carl Jung e que seus seguidores popularizaram, ou seja, que cada pessoa carrega aspectos femininos e masculinos, independente de seu gênero físico.Já para os chineses existe uma energia feminina, denominada yin e outra masculina chamada yang, que estão juntas em constante dança cósmica.
É IMPORTANTE que todas as bruxas(os), que trabalham com estado alterado de consciência, compreendam essa polaridade fundamental da "psique" humana e saber integrar energias masculinas e femininas em seu trabalho.
Uma bruxa nutre seu animus e um bruxo corteja sua anima. Todos os atos de geração, regeneração e criação, como sortilégios, feitiços, encantamentos, meditação, envolvem estes dois princípios. Conhecendo como funcionam e seguindo sua orientação, podemos desvendar muitos dos mistérios da vida.



7. A LEI DA CAUSA E EFEITO
Na sua forma tradicional, a Lei da Causa e Efeito diz que nada acontece por acaso, para todo efeito existe uma causa, e que toda a causa é em si mesma um efeito de alguma outra causação. A ciência moderna, mostrou entretanto, que a nível molecular, esta lei deixa de funcionar como no macrocosmo. Os físicos falam mais de probabilidade do que de previsibilidade. Como explica Peat, a "....cadeia de causalidade..é, de fato, uma complexa rede de causação. E quanto mais os limites dessa rede forem ampliados, mais visível se torna que ela se estende para a Terra inteira e, em última instância, ao próprio Universo". Esta notável observação leva-o a concluir que se qualquer evento ou fenômeno é examinado minuciosamente, resultará que "tudo causa tudo o mais"! Num sentido holográfico, o todo está em cada parte e tudo interpenetra tudo. Estes novas considerações, tornam o antigo princípio hermético mais abrangente e excitante.


As implicações são surpreendentes! Estamos literalmente e metaforicamente ligados a todo o Universo. As nossas ações têm repercussões cósmicas. Isto torna-nos humildes quanto é profundo o temor reverente que nos inspira o fato de termos consciência da influência que possuímos e da responsabilidade de usar nossos poderes sabiamente e para o bem de todos. Aqui cabe um gancho sobre a Lei Tríplice da Bruxaria.



8. LEI TRÍPLICE - LEI "BUMERANGUE" 3x OU ECO DO UNIVERSO

Basicamente é uma Lei Natural de "Causa e Efeito". Ela resgata exatamente o que acabamos de colocar. Aquele velho ditado que diz: nós colhemos o que semeamos", não é só verdadeiro, mas comprovado. Só que na bruxaria esta Lei se reveste de características que vão além disso, isto é, nossas "boas" ou "más" ações, acabarão certamente retornando com seu valor triplicado. Muitas pessoas questionam por que 3 e não 5 ou 7? Pois bem, este número não foi escolhido aleatoriamente, como a maioria da bruxas pensam, seu significado se reporta à nossa Grande Deusa Mãe, uma deidade trina e una. Em muitas obras de arte vemos esta tríplice natureza,as vezes retratadas com três faces, refletidas nas três fases da Lua.
Aqui observamos a energia de nossa Deusa vibrando de três formas diferentes. Quando o crescente lunar vai ficando mais forte até atingir o plenilúnio, a DEUSA DONZELA se apresenta. Na Lua Cheia é a vez da DEUSA MÃE, que em seu ventre carrega o milagre de uma nova vida. Na Lua Minguante é a hora da SABIA ANCIÃ, conhecedora dos mistérios do Universo. Esta doce Senhora tem sua energia exaurida e desaparecerá na noite escura da morte para reaparecer viçosa na próxima Lua Nova, completando um ciclo.
Se a nossa amada Deusa nos abençoa com estas três mágicas vibrações energéticas, de acordo com a Lei do Retorno, Ela nos cobrará de igual para igual. Portanto, se interferimos no livre arbítrio de uma pessoa, estamos efetuando uma ato negativo não tão somente para ela, mas também contra nós mesmos. Este indivíduo até pode nem saber das conseqüências de seu ato, MAS VOCÊ SABE, por ser bruxa(o) e conhecedora(o) de todas as Leis que regem a Feitiçaria, o que com certeza lhe custará muito caro, pois o Universo lhe retribuirá tudo o que emitir aos outros numa escala de 3x.
Retornando a nossa Lei de Causa e Efeito, os dados implícitos nela nos apontam que o Universo não é uma coleção de objetos e seres avulsos, mas todos estamos interligados em uma única teia, ou seja, "tudo causa tudo o mais". Todas nós bruxas(os) sabemos que nossas "projeções" produzem um impacto definitivo, portanto essas técnicas devem ser bem aprendidas e dominadas.
Algumas bruxas acreditam que usando a Lei de Causação podem fazer e acontecer. Mas cumpre-me a tarefa de alertá-las acerta de grandiosa visão de poder. O poder de uma Bruxa(o) é controlado pelas esferas de poder que vem de cima, abaixo e em torno dela(e) e não escapará da Lei tríplice. Ela é somente um ponto num fluxo interminável de poder que impregna o universo.

RITUAIS E PREPARAÇÃO PARA RITUAIS

Ritual é "uma forma específica de movimento, manipulação de objetos ou uma séries de processos internos com o intuito de produzir os efeitos desejados". Na Wicca, os rituais são cerimónias que celebram e fortalecem nosso relacionamento com a Deusa, o Deus e a Terra.
Os rituais não precisam ser pré-planejados, ensaiados ou tradicionais, tampouco deter-se servilmente a um determinado formato ou padrão. Na verdade, os Wiccanos, de uma forma geral,concordam que os rituais criados espontaneamente tendem a ser os mais eficazes e poderosos.
Um rito Wiccano pode consistir em um celebrante solitário que acende uma fogueira, entoa nomes sagrados e observa o surgir da lua ou pode envolver dez ou mais pessoas, algumas das quais assumem diversos papéis em peças míticas, ou recitam longos trechos em honra aos Deuses. O rito pode ser antigo ou recém concebido. Sua forma externa não é importante, desde que consiga atingir a consciência das deidades dentro do Wiccano.
Rituais Wiccanos normalmente têm lugar nas noites de lua cheia e nos oito Dias de Poder, os antigos festivais sazonais e agriculturais da Europa. Rituais são em geral de natureza espiritual, mas podem também incluir trabalhos de magia.
O melhor método para aprender Wicca é por meio de sua prática; deste modo, com o passar do tempo, ao praticar rituais, você obterá uma melhor compreensão acerca da verdadeira natureza da Wicca.

Muitas pessoas dizem que desejam praticar Wicca, mas permanecem inertes, convencendo a si próprias de que não podem honrar a Lua Cheia com um ritual por não serem iniciadas, não possuírem um instrutor ou não saberem o que fazer. Isto são meras desculpas. Se tiver interesse em praticar Wicca, simplesmente o faça.

Para o Wiccano solitário, a criação de novos rituais pode ser uma atividade estimulante. Noites são consumidas sobre textos de referência, unindo fragmentos de rituais e invocações, ou simplesmente permitindo que o espírito do momento e a sabedoria das Deidades nos preencham com sua inspiração. Não importa como sejam criados, todos os rituais devem ser concebidos do prazer, e não da obrigação.
Se desejar, ajuste seus rituais às estações, aos dias festivos do paganismo e às fases da lua. Se sentir-se particularmente atraído a outros calendários sagrados, sinta-se à vontade para adaptá-los. Já houve adaptações altamente bem-sucedidas em Wicca do sistema religioso-mágico egípcio, indígena americano, havaiano, babilônico e outros. Apesar de a maior parte da Wicca ter tido, até recentemente, embasamento europeu e britânico, não precisamos limitar-nos a isso. Como Wiccanos solitários, estamos livres para fazer o que bem nos aprouver. Uma vez que os rituais sejam eficazes e satisfatórios, por que se preocupar?

O Capítulo 13 do livro “ Guia essencial da bruxa solitária “ de Scott Cunnigham, contém instruções para a criação de seus próprios rituais, mas algumas palavras acerca da preparação de rituais se fazem necessárias aqui.
Para começar, certifique-se de que não será interrompido durante seu rito religioso (ou mágico). Se estiver em casa, diga a sua família que estará ocupado e deseja não ser interrompido. Se estiver só, tire o fone do gancho, tranque as portas e feche as janelas, se assim desejar. É melhor assegurar-se de que estará só e sem distracções por algum tempo.

Um banho ritual é geralmente o próximo passo. Por algum tempo, praticamente não conseguia realizar um rito sem um rápido banho antes. Isto é em parte psicológico: se sentir-se limpo e purificado das preocupações diárias, você se sentirá melhor para contactar a Deusa e o Deus.
A purificação ritual é uma característica comum a muitas religiões. Na Wicca, vemos a água como uma substância purificante que elimina as vibrações indesejadas das tensões rotineiras e nos permite contactar as deidades puros de corpo e mente.

Num nível mais profundo, a imersão em água nos remete à nossa mais primitiva memória. O ato de banhar-se numa banheira de água fresca e salgada é semelhante a caminhar nas ondas do sempre acolhedor oceano, o domínio da Deusa. Isso nos prepara física e espiritualmente (você nunca se sentiu diferente numa banheira?) para a experiência vindoura.

O banho normalmente se torna um ritual por si só. Pode-se acender velas no banheiro, além de incenso. Óleos perfumados e sachês de ervas podem ser colocados na água. Meu sachê de banho purificador preferido consiste em partes iguais de alecrim, erva-doce, lavanda, manjericão, tomilho, hissopo, verbena, menta, com um toque de raiz de valeriana moída. (Esta fórmula foi retirada de A Chave de Salomão.) Ponha estes ingredientes num pano, até as extremidades, para prender as ervas e mergulhe-o na água.

Rituais ao ar livre nas proximidades do oceano ou de um lago ou regato podem ser antecedidos com um rápido mergulho. Obviamente, é impossível tomar um banho antes de rituais espontâneos. Até mesmo a necessidade de banhos rituais é questionada por alguns. Se sentir-se confortável ao tomar banho, faça-o. Se achar que não é necessário, então não faça.
Uma vez banhado, é hora de vestir-se para o ritual. Muitos Wiccanos hoje, em especial aqueles influenciados pelos textos e idéias de Gerald Gardner ou um de seus aprendizes, acham que a nudez é ideal para invocar as deidades da natureza. Certamente, é a condição mais natural em que o corpo humano pode ficar, mas a nudez ritual não é para qualquer um. A Igreja muito fez para criar sentimentos de culpa acerca de uma figura humana desnuda. Tais emoções distorcidas, não naturais, perduram até hoje.

Muitas razões são dadas para esta insistência na nudez ritual. Alguns Wiccanos declaram que um corpo vestido não consegue emitir o poder pessoal tão eficientemente quanto um corpo nu, para em seguida dizer que, quando necessário, rituais vestidos praticados em ambientes fechados são tão eficazes quanto rituais nus ao ar livre.

Mesmo vestidos, os Wiccanos produzem magia tão eficaz quanto a produzida por Wiccanos nus. As vestimentas não constituem barreira para a transferência de poder. Mas nudez é sempre preferível.
Uma explicação mais convincente sobre a nudez durante um ritual na Wicca é a de que ela é usada por seu valor simbólico: a nudez mental, espiritual e física diante da Deusa e do Deus simboliza a sinceridade e a abertura do Wiccano. A nudez ritual era prática de muitas religiões antigas e pode ser encontrada em áreas distintas do globo, portanto não é uma idéia nova, apenas para alguns ocidentais.

Apesar de muitos covens insistirem na nudez ritual, não é preciso preocupar-se com isso. Como praticante solitário, a escolha é sua. Se não se sentir bem quanto à nudez ritual, mesmo que privadamente, não a pratique. Existem muitas opções.

Vestes especiais, como robes e tabardos, são razoavelmente populares entre alguns Wiccanos. Várias são as razões para o uso de robes, uma das quais é a de que vestir-se com trajes utilizados apenas para a prática de magia confere uma atmosfera mística a tais rituais e altera sua consciência para os procedimentos que se seguem, promovendo, assim, a consciência ritual.

As cores são também utilizadas por suas vibrações específicas. A lista a seguir é uma boa amostragem de cores para robes. Se estiver especialmente interessado em magia com ervas, ou praticar rituais concebidos para interromper a proliferação de usinas e armas nucleares, utilize uma túnica verde para ligar seus rituais à energia da Terra. Robes específicos podem ser confeccionados e utilizados por pessoas habilidosas para certos encantamentos ou ciclos de encantamentos, de acordo com as descrições abaixo.
Amarelo é uma cor excelente para aqueles envolvidos em adivinhação.

Roxo é favorável aos que trabalham com o poder divino puro (magos) ou que desejam aprofundar sua consciência espiritual acerca da Deusa e do Deus.

Azul é indicado para curandeiros e para os que trabalham com sua consciência psíquica ou para sintonizar-se com a Deusa em Seu aspecto oceânico.

Verde fortalece os herbalistas e os ecologistas mágicos.

Marrom é usado por aqueles com ligações com os animais ou que lançam encantamentos por eles.

Branco simboliza a purificação e a espiritualidade pura, sendo também perfeito para a meditação e rituais de purificação. É utilizado ainda em rituais da Lua Cheia, ou para acessar a Deusa.

Laranja ou Vermelho podem ser utilizados em Sabbats, para ritos de protecção ou sintonizar-se com o Deus em seu aspecto Solar.

Preto é uma cor popular. Ao contrário das crenças populares, o preto não simboliza o mal. É a ausência de cor. É uma matiz protetora e simboliza a noite, o universo e a ausência de falsidade. Quando um Wiccano veste um robe preto, ele está vestindo a escuridão do espaço - simbolicamente, a fonte suprema de energia divina.

Se isto lhe parece muito complicado, simplesmente faça ou compre um robe e utilize-o em todos os rituais.

Podemos encontrar desde robes simples, como uma saída de banho, até alguns com gorros e bordados, como os de um monge, incluindo as mangas largas, o que deve ser motivo de muito cuidado, pois podem pegar fogo se próximas demais das velas. Alguns Wiccanos vestem robes com gorros, para isolar interferências externas e controlar os estímulos sensoriais durante os rituais. É uma boa idéia para a magia e para a meditação, mas não para os ritos religiosos da Wicca, durante os quais devemos abrir-nos para a natureza, e não cortar nossas conexões com o mundo físico.

Se não desejar utilizar tais trajes, não é capaz de confeccionar um ou simplesmente não consegue encontrar ninguém que confeccione um para você, utilize apenas roupas limpas de fibras naturais, como algodão, lã ou seda. Desde que se sinta confortável com o que esteja (ou não) trajando, tudo bem. Por que não provar para ver o que lhe "cai" melhor?

Escolher e usar jóias rituais segue naturalmente a veste. Muitos Wiccanos têm colecções de peças exóticas com desenhos religiosos ou mágicos. Da mesma forma, amuletos e talismãs (objectos criados para afastar ou atrair poderes) costumam ser utilizados como joalheria ritual. Maravilhas como colares de âmbar e azeviche, braceletes de prata ou ouro, coroas de prata incrustadas com luas crescentes, anéis de esmeraldas e pérolas, até mesmo jarreteiras rituais, equipadas com pequenas fivelas de prata, normalmente fazem parte do aparato Wiccano.
Mas não é preciso adquirir ou confeccionar tais extravagâncias. Seja simples. Se sentir-se bem usando uma ou duas peças de joalheria durante rituais, tudo bem! Escolha desenhos com crescentes, ankhs, estrelas de cinco pontas (pentagramas) e assim por diante. Muitos fornecedores por correio vendem joalheria para ocultismo. Se desejar reservar seu uso para rituais, tudo bem. Muitos assim o fazem.

Sou constantemente perguntado se carrego sempre um bom amuleto, uma jóia ou outro objeto de poder comigo. A resposta é não.

Isto normalmente surpreende as pessoas, mas é parte de minha Filosofia em magia. Se determino que uma peça de joalheria (um anel, pingente, cristal etc.) é meu objecto de poder, meu elo com os Deuses, minha certeza de boa sorte, ficaria arrasada se me roubassem, se o perdesse, ou me separasse dele de algum modo.

Poderia dizer que o poder abandonou o objeto, que era uma bobagem ou que teria sido tomado por seres superiores, ou que não estava tão alerta quanto imaginava. Mesmo assim, ficaria arrasada.
Não é muito sábio depositar nossas esperanças, sonhos e energia em objectos físicos. Isto representa uma limitação, um produto direto do materialismo incutido em nós durante toda a nossa vida. É muito fácil dizer: "Não consigo fazer nada desde que perdi meu colar de selenita da sorte." É tentador pensar: "Nada mais deu certo desde que meu anel do Deus Cornudo desapareceu."

O que não é fácil de perceber é que todo o poder e sorte de que precisamos está no interior de nós mesmos. Não está contido em objetos externos, a não ser que assim o permitamos. Se fizermos isso, estaremos propensos a perder essa parte de nossa força pessoal e boa sorte, algo que não faria conscientemente.

Objectos de poder e jóias rituais podem sem dúvida simbolizar a Deusa e o Deus, assim como nossas próprias habilidades. Mas creio que não devemos deixar que sejam mais do que isso.

Ainda assim, eu possuo algumas peças que por vezes uso em rituais. A utilização de tais objetos ativa nossa mente e produz o estado de consciência necessário para um ritual eficaz.
Não estou dizendo que o poder não deva ser enviado para objetos: na verdade, este é o modo pelo qual são feitos talismãs e amuletos com cargas mágicas. Simplesmente prefiro não fazer isso com jóias rituais e pessoais.

Certos objetos naturais, como cristais de quartzo, são usados para atrair sua energia para dentro de nós com a finalidade de efetuar mudanças específicas. Este tipo de "objeto de poder" é um bom auxílio à energia pessoal - mas é perigoso confiar exclusivamente nele.

Se o uso de certas peças cria um estado mágico, ou de uma imagem da Deusa ou um de Seus símbolos sagrados faz com que se sinta mais próximo dela, tudo bem.

Seu objetivo, contudo, deverá ser a habilidade de sintonizar-se constantemente com o mundo oculto que nos rodeia e a realidade da Deusa e do Deus, mesmo em meio às mais devastadoras e aviltantes atitudes humanas.
Assim, agora já está banhado, vestido, enfeitado e pronto para o ritual. Mais alguma consideração? Sim, uma importante - companhia. Você deseja cultuar os Antigos Deuses da Wicca em particular, ou com outros? Se possuir amigos interessados, pode convidá-los para juntarem-se a você.

Em caso contrário, não há problema. Rituais solos são normais ao se iniciar nas tradições da Wicca. A presença de pessoas com idéias semelhantes é ótima, mas também pode ser inibitória.

Há certos rituais nos quais não deve haver outras pessoas. Uma inesperada visão da lua cheia por entre as nuvens pede por alguns momentos de silêncio e sintonia, uma invocação ou meditação. Estes são rituais compartilhados com a Deusa e com o Deus apenas. As Deidades não permanecem em cerimônias; são tão imprevisíveis e voláteis quanto a própria Natureza.

Se desejar unir-se a amigos para seus rituais, faça-o apenas com aqueles realmente sintonizados com suas concepções sobre a Wicca. Penetras e pensamentos fugidios nada acrescentarão ao seu progresso dentro da Wicca.
Acautele-se também quanto ao interesse por amor ( o namorado ou namorada, marido ou esposa), que se interessam apenas porque você está interessado. Podem parecer genuínos, mas após algum tempo você perceberá que não estão contribuindo para os rituais.

Há muitos aspectos maravilhosos em trabalhos de covens: já os experimentei. Grande parte do que a Wicca tem de melhor pode ser encontrado num bom coven (e o que há de pior, num mau coven), mas a maioria das pessoas não consegue contatar um coven. Podem também não possuir amigos com o mesmo interesse de praticar Wicca com eles. Se desejar, continue buscando um instrutor ou coven com o qual treinar enquanto trabalha este e outros guias de Wicca. Quando encontrar alguém, será capaz de abordá-lo com um conhecimento prático da Wicca obtido por meio de sua própria experiência, e não meramente de livros.

Apesar da ênfase dada às iniciações e ao trabalho em grupo na maioria dos livros sobre Wicca, praticantes solitários não devem ser vistos como artigos de Segunda categoria. Há muito mais indivíduos cultuando Os Antigos hoje, do que membros de covens e um número surpreendente destes, trabalha só por opção. É dentre estes que me incluo.

Nunca se sinta inferior por não trabalhar sob a orientação de um instrutor ou coven estabelecido. Não se preocupe quanto a não ser reconhecido como um verdadeiro Wiccano. Tal reconhecimento é importante apenas perante os olhos dos que o recebem ou que o fazem; fora isso, não vale nada. Você só precisa se preocupar em satisfazer a si próprio e desenvolver um relacionamento com a Deusa e com o Deus. Esteja à vontade para elaborar seus próprios rituais. Livre-se das algemas do conformismo rígido e da noção de "livros revelados" que devem ser seguidos à exaustão. A Wicca é uma religião em desenvolvimento. O amor pela natureza, pela Deusa e pelo Deus é sua essência, e não tradições eternas e ritos antigos.

Não estou dizendo que a Wicca tradicional não é boa. Longe disso. Na verdade, estudei várias tradições Wiccana, cada uma com seus próprios rituais de iniciação, Sabbats e Esbats, nomes para a Deusa e para o Deus, lendas e conhecimento de magia. Mas após receber tais "segredos" percebi que todos são iguais, e os maiores segredos de todos estavam à disposição de qualquer um que veja a natureza como uma manifestação da Deusa e do Deus.

Cada tradição (expressão) da Wicca, seja passada de mão em mão seja praticada intuitivamente, é semelhante à pétala de uma flor. Nenhuma pétala é a totalidade; todas são necessárias à existência da flor. A trilha solitária é tão parte da Wicca quanto qualquer outra.
(Fonte: “Guia essencial da Bruxa Solitária”, de Scott Cunnigham)

sexta-feira, 27 de março de 2009

AUTODEDICAÇÃO


A autodedicação nada mais é, do que um ritual que marca sua decisão de trilhar o caminho da wicca. O período de dedicação, é de 1 ano e 1 dia, ou seja o ano lunar de 13 meses e 28 dias. Este é um período de estudo, prática, e devoção á Arte, aos Deuses e a Natureza. Deixo claro aqui, que um ritual de autodedicação não transforma ninguém em Wiccan do dia pra noite isso só acontece com o tempo e com a própria entrega a Arte.
Antes de iniciar a sua dedicação é necessário ser honesto consigo mesmo, e se questionar sobre a razão de escolher a Wicca, como seu caminho espiritual. Depois de responder a essas perguntas com clareza, e estiver certo de que é isso que você quer, realize o ritual.
Abaixo você encontra 2 tipos de rituais de auto-dedicação, você pode utilizar um dos dois ou também, pode usá-los para se basear e criar o seu próprio ritual.

1-) Ritual de Autodedicação

Você já deu o primeiro passo, em seu caminho, então marque uma data para fazer seu ritual de dedicação. Para ritualizar este compromisso, coloque um pouco de água em uma tigela, ou taça e salpique um pouco de sal. Usando a ponta do seu dedo indicador voltado para o chão, desenhe um círculo imaginário a sua volta (sentido horário) e visualize uma ardente chama azul.

Então segure a taça com água e sal, e entoe algumas palavras como essas:

"Com essa poção eu faço minha dedicação
Para o caminho dos Deuses Antigos.
Quando um ano e uma dia passar.
Estarei pronto para me iniciar."

Depois usando a ponta do seu dedo indicador, unte sua testa com o sinal da Lua Crescente ou do pentagrama. Permaneça alguns momentos, em silêncio, refletindo sobre o seu novo caminho, esteja aberto para ouvir as vozes do Deuses dentro de você. Depois disso abra o círculo com o dedo indicador, mas desta vez no sentido anti-horário.



2-) Ritual de Autodedicação

Tome um banho de água morna, encha uma esponja com sal e algumas gotas de óleo essencial de sândalo (ou qual prefeir) e esfregue seu corpo. Enquanto se banha abra sua consciência para níveis mais elevados de percepção. Respire fundo. Limpe sua mente. Depois de tomar o banho vá até um local silvestre, que se sinta bem, onde você sinta os poderes da terra, dos elementos. Use sua imaginação para encontrar o local ideal. Tenha consigo um óleo de aroma rico, como: sândalo, olíbano, canela. Ao escolher o local, tire os sapatos, sente-se e relaxe por alguns momentos, mantenha sua mente livre de outros pensamentos.
Deite-se de costas, e sinta o contato com a Terra. Respire profundamente, chame a Deusa e o Deus, com os nomes que achar melhor, diga esta invocação ou improvise:

Ó Deusa Mãe,
Ó Deus Pai, Respostas a todos os mistérios e ainda assim mistérios não resolvidos;
Neste local de poder eu me abro
À sua Essência.
Neste local e a este tempo eu me modifico;
Daqui por diante sigo o caminho da Wicca.
Dedico-me a Vocês, Deusa Mãe e Deus Pai.

Descanse por um momento e depois continue:

Eu inalo suas energias em meu corpo,
Eu sinto o divino da natureza,
E a divindade dentro de mim
Ó Grande Deusa,
Ó Grande Deusa,
Torne-me sua essência
Torne-me sua essência
Torne-me sua essência.

Você poderá se sentir pleno de energia, ou calmo e a terra vibrando de energia.
Saiba que a Deusa e o Deus estão te escutando. Após a invocação molhe o dedo com o óleo e marque o símbolo da Deusa e o símbolo do Deus (figura abaixo) em seu corpo, onde quiser. Enquanto unta seu corpo, visualize esses símbolos penetrando em sua carne, e a seguir dispersando-se em milhões de pequenos pontos de luz. A auto-dedicação está encerrada. Agradeça à Deusa e ao Deus pela atenção. Medite um pouco antes de deixar o local.



O DEUS


"Todas as Deusas são uma só Deusa, todos os Deuses são um só Deus."

Conquanto a Deusa presida a pulsação vital constante do Universo, é imprescindível que entendamos o papel do Deus. Ela é a Senhora da Vida, mas Ele é o Portador da Luz; Ela é o ventre, Ele o falo ereto; Ela gera a vida, Ele é a faísca que inicia o processo, em plena harmonia, sem predomínios nem competições, mas pela completa união... Ambos parceiros no desenrolar da música e dança que criam e recriam o universo ainda hoje... Na Primavera Ela é a Donzela, Ele o Deus Azul do Amor... No verão ela é a Mãe, grávida, ele o Galhudo, o Deus da Vegetação e dos Animais, Cernnunnos... No outono ele desce para o Mundo Subterrâneo, como o Deus Negro do Mundo Inferior, do sacrifício e da Morte e Ela a Anciã que abre os portais e o acolhe durante sua transmutação. No inverno ele renasce do próprio ventre escuro da Deusa, que quase torna, assim, a um só tempo, sua consorte e sua mãe...







O Deus tem sido reverenciado há eras. Ele não é a deidade rígida, o todo poderoso do cristianismo ou do judaísmo, tampouco um simples consorte da Deusa, eles são iguais, unidos.
Vemos o Deus no sol, brilhando sobre nossas cabeças durante o dia, nascendo e pondo-se no ciclo infinito que governa nossas vidas. Sem o Sol, não poderíamos existir; portanto, ele tem sido cultuado como a fonte de toda a vida, o calor que rompe as sementes adormecidas, trazendo-as para a vida, e instiga o verdejar da terra após a fria neve do inverno.

O Deus é também gentil com os animais silvestres. Na forma do Deus Cornífero, Ele é por vezes representado com chifres em Sua cabeça. Em tempos antigos, acreditava-se que a caça era uma das atividades regidas pelo Deus, enquanto a domesticação dos animais era vista como voltada para a Deusa.

Os domínios do Deus incluíam as florestas intocadas pelas mãos humanas, os desertos escaldantes e as altas montanhas. As estrelas, por serem na verdade sóis distantes, são por vezes associadas a Seu domínio.

O Deus é a colheita plenamente madura, o vinho inebriante extraído das uvas, o grão dourado que balança num campo, as maças vicejantes que pendem de galhos verdejantes nas tardes de outono.

Em conjunto com a Deusa, também Ele celebra e rege o sexo. A Wicca não evita o sexo ou fala sobre ele por palavras sussurradas. É uma parte da natureza e assim é aceito. Por trazer prazer, desviar nossa consciência do mundo cotidiano e perpetuar nossa espécie, é considerado um ato sagrado.

Símbolos normalmente utilizados para representar ou cultuar o Deus incluem a espada, chifres, a lança, a vela, ouro, bronze, diamante, a foice, a flecha, o bastão mágico, o tridente, facas e outros. Criaturas a Ele sagradas incluem o touro, o cão, a cobra, o peixe, o gamo, o dragão, o lobo, o javali, a águia, o falcão, o tubarão, os lagartos e muito mais.

Desde sempre o Deus é o Pai Céu e a Deusa a Mãe Terra. O Deus é o céu, da chuva e do relâmpago, que desce sobre a Deusa e une-se a ela, espalhando as sementes sobre a terra, celebrando a fertilidade da Deusa.





O Deus de chifres, para as bruxas, é o companheiro masculino da Deusa Tripla. Ele é dinâmico, a força vital, aspecto masculino de toda a natureza. Nós o veneramos porque veneramos a vida. Ele possui chifres e cauda que denotam seu conhecimento instintivo animal, sua sapiência natural. Este Deus é parte bicho e parte homem, mescla da força vital e perícia xamânica. O Deus Cornífero, como a Deusa, é sexual, terreno, apaixonado e sábio. "Cruel e mau ele não é". Entre os dois, a Mãe Deusa e seu Companheiro, se constrói o mundo. Eles o construíram de amor e desejo. Portanto, sua sexualidade é uma força vital sagrada, verdadeira experiência espiritual. Potencialmente a mais espiritual das experiências.

Talvez este seja o fato mais surpreendente de todos à respeito da feitiçaria. Não deveria ser. Mas preciso admitir que neste mundo, como ele é atualmente, a maioria das pessoas encontra dificuldades em relacionar sexo com espiritualidade. É contra tudo que as religiões patriarcais ensinam sobre o sexo, como vergonhoso e sujo no máximo necessário para a continuidade da espécie.





O Deus Cornífero

O Deus realmente é deixado de lado muitas vezes nos cultos pagãos, como se a energia da deusa pedisse essa dedicação exclusiva. Isto é verdade em parte, porque, não é possível cultuar o Deus adequadamente enquanto não mergulharmos na deusa e nos despirmos do Deus do patriarcado.

Quando no curso de nosso caminho - e isso demora até anos (mas varia muito de pessoa para pessoa) - está na hora do Deus voltar, a própria deusa nos mostra seu filho, consorte, defensor, ancião. O Deus aparece, tríplice como a deusa.

O Deus jovem é, antes de tudo, a criança da promessa, a semente do sol no meio da escuridão. Depois, é o garoto do pólen, o fertilizador em sua face mais juvenil, e traz a energia da alegria de viver, o poder de se maravilhar ante as descobertas da vida, é o experimentador, a face mais sorridente do sol matinal.

Daí surge o Deus azul do amor, o rapaz que cresceu e chegou à adolescência e desabrocha em beleza e masculinidade, é o jovem Deus da primavera, percorre as florestas e acorda a natureza. Ele é o apaixonado, aquele que primeiro busca a deusa como a donzela e propicia o encontro... Ele é o deus da sedução ainda inocente, que não conhece os mistérios da senhora ainda... Ele é toda possibilidade.

Depois ele é o galhudo e o green man... O Deus é o macho na sua plenitude, o senhor dos chifres que desbancou o gamo-rei anterior, ele é força e poder, músculos e vitalidade, ele cheira a sexo e promessas. Ele é o grande amante, atraído irresistivelmente pela senhora ele é o provedor, o sustentador, o senhor defensor. Ele é o senhor das coisas selvagens, o Deus da dança da vida, o falo ereto, o fertilizador. como green man ele também é o senhor da terra e sua abundância, o parceiro da senhora dos grãos. o senhor dos brotos, aquele que cuida dos frutos e os distribui pela terra.

Mas o Deus é também o trapaceiro, o senhor da embriaguez, o desafiador e o ancião da justiça. ele nos faz seguir um caminho e nos perdemos para conhecer o pânico de pan... ele nos deixa loucos como Dionísio, ou perdidos nos devaneios de Neptuno... ele é o desafiador, seja nos duelos, seja na guerra, na luta pela sobrevivência... ele é caprichoso e insidioso, ele nos engana, nos deixa desesperados e sorri - porque esse é seu papel; estimular o novo, mostrar que nosso desespero é inútil e só nos escraviza...

Como a deusa, ele está na fome e no fim da fome, na vida e na doença terminal, na luz e na sombra, no que é bom para você e no que é mau... a deusa nunca está só, ela tem sua contraparte masculina e, no entanto, ele só existe por amor a ela... alias, todos nós somos fruto dessa dança de amor. o Deus é o ancião sábio, o distribuidor da justiça, seja a que se impõe com sabedoria ou raios... ele conhece os segredos dos oráculos, mas sabe que são dela... ele é o repositório do conhecimento, mas a sabedoria é dela... ele lê os sinais da natureza, mas sabe que quem os escreve é ela.

E o velho sábio vai murchando e se transforma no senhor da morte... ele que é o senhor de dois mundos, pois no ventre dela, de volta, ele vive sua morte e a própria ressurreição. mistério e segredo, morte e retorno, ele é o que atravessa os portais dos quais ela é a senhora. ele, o caçador, que também faz o papel de ceifador... ele que ronda o leito dos moribundos e dança a dança da morte. o senhor dos esqueletos.

Ele que na dança da morte retoma o brilho do sol e sua face negra se ilumina, em uma explosão impossível de conter, e Lugh nasce outra vez...

Ele que é pai, filho, bebê iluminado, amante selvagem, sábio educador... ele, o Deus que se revela apenas pela deusa.







AS TRES FACES DA DEUSA



A conexão com a Deusa é um processo vital na Religião Wicca.
A Deusa é a Grande Criadora e mantenedora da vida. É através dela que todas as coisas provêm e a Ela tudo um dia retornará.
É difícil definir a Deusa em alguns parágrafos, mas a versatilidade é uma de Suas características mais interessantes. Para alguns Ela é a única Divindade existente. A Deusa não é necessariamente vista como uma pessoa, mas uma força multifacetada de energia que se expressa em uma variedade de formas e pode ter inúmeros nomes diferentes.

Ela foi chamada Ishtar, Astarte, Inanna, Lilith, Ísis, Maat, Brigit, Cerridwen, Gaia, Deméter, Danu, Arianhod, Ceridwen, Afrodite, Vênus, Ártemis, Athena, Kali, Lakshmi, Kuan-Yi, Pele e Mary, entre muitos outros nomes. A Ela foram atribuídos muitos símbolos, como serpentes, pássaros, a Lua e a Terra.

A Deusa é a Criadora de todas as coisas e, ao mesmo tempo, a Destruidora. Tudo vem Dela e tudo retornará a Ela. A Deusa está contida em tudo e vive na Terra, nos céus, no mar, em cada botão de flor, em cada pingo d’água e em cada grão de areia. Ela não é um Ser distante e intocável, mas sim uma Divindade que estão aqui conosco, vive e se manifesta em cada um de nós. Ela é a Virgem, a Mãe e a Anciã. Ela é você, Ela é eu, Ela é tudo e todos.

Nas práticas Pagãs, a Deusa possui três aspectos distintos. A Triplicidade da Deusa é muito anterior ao Cristianismo e não é difícil que seja ela quem deu origem ao pensamento da Trindade Cristã. Porém, na Wicca, a Triplicidade se refere a três estados distintos da mesma divindade.
A donzela, a Mãe e a Anciã. As 3 faces da Deusa estão ligadas às 3 faces da Lua trabalhadas na Bruxaria, que são as Luas Crescente, Cheia e Minguante, e aos 3 ciclos de nossa vida, que são a infância a maturidade e a velhice.
Entrar em contato com as faces da Deusa significa saber o que esse período podem nos trazer de positivo o que aprendemos e poderemos aprender com eles.
A Deusa é abrangente porque pode ser tudo que você quiser que Ela seja. A maioria dos seguidores da Deusa compartilha algumas convicções em comum. Starhawk, uma das mais atuantes Bruxas modernas e autora de Dança Cósmica das Feiticeiras, afirma que três princípios da religião da Deusa são: a imanência, a interconexão e a comunidade.

Imanência é o meio pelo qual todos os seres estão relacionados e a forma como estamos unidos ao Cosmo.

Como comunidade, crescimento e transformação passam por interações íntimas, basicamente, a lei da Deusa é Amor – Amor Incondicional. Ela não tem nenhuma ordem a ser seguida a não ser o Amor, em todas as suas manifestações e formas.

A DONZELA

Dentre as 3 faces da Deusa, Donzela ou, como também é chamada, a Virgem é a mais jovem, relacionada com os descobrimentos e aspectos mais criativos de nossa personalidade. Ela é a inocência e despreocupação, a alegria de viver. Esta associada com a Primavera e é festejada em Ostara.
O termo Donzela ou Virgem não se refere ao sentido sexual, mas sim ao aspecto de inocência e independência. A Virgem e a dona e responsável por si mesma. Este é um sentido quase inconcebível de pensar em uma sociedade patriarcal, mas que era muito compreendido e aceito entre as sociedades primitivas.

Os nomes recebidos pela Donzela variam de acordo com as distintas culturas em que a encontramos. Damos como exemplo:
Ártemis: Deusa romana dos bosques e da caça, tida a eterna Virgem.

Perséfone: Também conhecida como Prosérpina, cujo nome justamente significa Donzela. É a filha de Deméter e foi raptada por Hades; reina junto com ele no Submundo, lembrando-nos assim o outro aspecto da Deusa: A Anciã.

Rhianon: Deusa celta que saiu do submundo, que a relaciona com Perséfone.

Rituais que usam a face Virgem da Deusa
• Qualquer novo inicio, ou até mesmo esperanças e planos para novos começos.
• Quando assumimos um trabalho novo ou planejamos solicitar um novo trabalho.
• Durante os "primeiros passos" das novas idéias.
• Sempre que você planeja ou começa um ciclo completo em sua vida.
• Quando se muda para uma nova casa ou apartamento.
• Ao entrar em uma nova escola ou voltar a est7udar depois de um longo tempo.
• Qualquer jornada que esteja conectada com mudanças antecipadas.
• Começo de uma relação nova, amor ou amizade.
• Planos para engravidar.
• Nascimento de uma criança.
• A primeira menstruação de uma menina.
• O inicio da puberdade de um menino.

Os animais associados ao aspecto Virgem da Deusa são os Cervos e qualquer outro animal silvestre.
O aspecto Virgem da Deusa representa a mocidade, a excitação da conquista dos desejos, a novidade da vida e da magia. Na idade humana ela estaria entre a puberdade e os vinte anos. As cores dela são suaves e claras, como branco, cor- de- rosa ou amarelo.


A MÃE

A face Mãe da Deusa é tida como a da eterna doadora da vida. Esta foi uma das primeiras representações religiosas expressas pelos seres humanos.
É a esse aspecto da Deusa que estão associadas todas as imagens que foram encontradas em escavações de sítios arqueológicos, como a Vênus de Willendorf.
Algumas imagens mitológicas atribuídas á Mãe são tidas tanto como criadoras quanto destruidoras. Podemos ver isso como a própria Natureza em todos os seus aspectos.

Existem numerosos exemplos que poderiam ser associados ao aspecto da Deusa. Deméter: Encarregada da fertilidade da terra e das colheitas.

Ísis: Chamada também de a Grande Mãe Criadora e Doadora da Vida.

Badb: A Deusa celta que forma uma trindade junto com Anu e Macha. Possui um caldeirão como símbolo do ventre.

Freya: Considerada a líder das Disir, as matriarcas Divinas. Está intimamente ligada a Magia e aos gatos.

Todos os rituais que usam a face Mãe da Deusa
• Projeto de alegria e conclusão
• Quando o parto está próximo.
• Necessidade de força para finalizar algum assunto ou situação mal- resolvida.
• Benção e proteção. Especialmente a mulheres que são ameaçadas por homens.
• Direção em decisões na vida.
• Matrimônio.
• Achando ou escolhendo uma companheira ou um companheiro.
• Escolhendo ou aceitando um animal. Proteção de vida aos animais.
• Fazendo escolhas de qualquer tipo.
• Buscando por períodos de paz.
• Intuição ou desenvolvimento psíquico.
• Direção espiritual.

A Mãe é aquela que se volta para a nutrição, à preocupação e a fertilidade; é uma mulher no início da vida e no cume do seu poder. Ela protege e assegura a justiça. Na idade humana, seria uma mulher por volta dos trinta anos. As cores dela são um pouco mais fortes que as da Virgem, como vermelho, verde, cobre, púrpura, azul.
Os animais associados ao aspecto Mãe da Deusa são o gato e a pomba.


A ANCIÃ

Sem a Virgem não há começos, sem a Mãe não há vida e sem a anciã não há o fim. A Deusa Anciã é o aspecto menos compreendido e o mais temido, já que nos leva inevitavelmente a refletir sobre a morte.
A Anciã foi reverenciada nas antigas culturas como regente do submundo, visto antigamente como um lugar de descanso das almas entre as reencarnações. Obviamente todos nascemos e morremos e a função da Deusa Anciã é nos acompanhar durante a última etapa de nossa vida, preparando-nos para o Outro Mundo.

Os exemplos associados à Deusa Anciã são:
Hécate: Entre os gregos chamada durante a idade Média de a Rainha das Bruxas, era uma divindade do Submundo e da Lua, adorada nas encruzilhadas, onde se faziam sacrifícios em sua homenagem.
Hel: Deusa germânica do Submundo. Segundo os Mitos, era a Ela que retornavam todos os mortos ao fim de sua existência.
Morrigu: Deusa celta dos Mortos, que também regia as guerras. Tem um aspecto triplo em si mesma e às vezes era chamada de "As três Morrigans".

Temas de Rituais que usam a face Anciã da Deusa:
* Relações, trabalhos, amizades e amizades que estejam terminando.
* Menopausa ou sintomas de envelhecimento.
• Divórcio.
• Um reagrupamento de energias necessárias para o término de um ciclo de atividades ou problemas.
• Tranqüilidade antes de pensar em novas metas e planos.
• Mudança de habitação ou trabalho.

A Anciã é um ser de sabedoria da idade avançada. Ela é a Bruxa e conselheira. Preocupa-se com a Virgem e com a Mãe. Ela é lógica e pode ser terrível em sua vingança. Na idade humana, ela teria aproximadamente 45 anos ou mais. Dos três aspectos o mais difícil de ter correspondência com a idade humana é o da Anciã. As cores tradicionais dessa face são: preto, cinza, púrpura, marrom, ou azul noite.
O aspecto negro da Deusa nos ensina que, assim como tudo na Natureza se move em ciclos, nossa vida segue o mesmo fluxo, e devemos aceitar a morte como uma passagem a outro estado, tão válido e parte da vida quanto o próprio nascimento.
Os animais associados à Deusa Anciã são a coruja, o corvo e o lobo.

O RENASCER DA DEUSA


O renascer da deusa
Os últimos anos têm assistido o fenômeno chamado "Renascer da Deusa", ou seja, o ressurgimento do arquétipo do divino feminino na cultura, nas artes, na ciência e no psiquismo das pessoas. Fazem parte desse renascimento a preocupação ecológica, as manifestações pela paz, o ressurgimento de religiões baseadas na natureza, pondo em relevo valores femininos: o respeito à Mãe Terra, o reconhecimento dos seres humanos como irmãos dos demais seres, a ênfase na conciliação dos sexos e das pessoas, ao invés da competição, a paz ao invés dos conflitos, as terapias naturais respeitando o corpo e a Terra, a volta dos oráculos (runas, tarot, geomancia) e das práticas xamânicas.

Dentro dessa nova mentalidade, o culto à Grande Mãe pode ser feito em diversos caminhos espirituais. De certa maneira, a própria Igreja Católica participa dessa tendência de várias maneiras, colocando em relevo depois de muitos anos a figura de Maria. As religiões centradas na Deusa geralmente têm em comum o reconhecimento da natureza como a própria e, por isso, são designadas como Cultos ou Tradições Naturais, muitos deles oriundos ou aplicando os princípios do xamanismo. Os cultos à Deusa são religiões xamânicas, no sentido de reunirem prática de magia natural e contatos com outras realidades, além de se basearem na interação dos quatro elementos: Fogo, Água, Terra e Ar, unidos pela quitessência que é o Espírito.

Atualmente existem inúmeros cultos que poderíamos chamar de "centrados na Deusa", ou "A Religião da Deusa". Mas o mais conhecido deles hoje, sem dúvida, é a Tradição Wicca, que influencia de muitas formas todos os demais.

Wicca é uma religião pagã (usada esta palavra tanto no sentido comum de "não cristã", como no sentido etimológico de "oriunda do campo", por ser uma religião de origem rural) que cultua a Deusa Tríplice e seu consoante o Deus Cornífero. Ambos são expressões em polaridades do Ser Supremo, a Divindade, chamado pelos nativos norte americanos de Grande Espírito ou o Grande Mistério, O UNO ou a Fonte Criadora, que se manifesta na realidade concreta nas representações da Deusa e do Deus.

A palavra WICCA se origina do inglês arcaico wicce, significando wise (sábio) e o verbo moldar, dobrar. Portanto, um Wiccan (como são chamados seus adeptos) é um moldador, alguém que dá outra feição à realidade que o cerca.

A Wicca surgiu na primeira metade do século XX, do estudo de alguns pioneiros como Margaret Murray e Gerald Gardner, que procuraram resgatar as raízes da witchcraft (bruxaria) praticada na Inglaterra rural e na Toscana (norte da Itália). Essas práticas eram, na origem, a expressão popular da religião celta, que dominou a Europa Ocidental por séculos. A Wicca, pois, se propõe a ser a versão moderna da Antiga Religião.

Na Tradição Wicca existem diversas vertentes, desde as mais rigidamente estruturadas, seguindo normas e rituais fixos, até aquelas que são predominantemente ecléticas, com adaptações regionais ou pessoais. Entre as mais tradicionais se encontram a Gardeneriana, Alexandrina, Diânica, Celta, Georgiana etc. A Wicca pode ser praticada em grupos chamados covens ou por solitários.

Todas as Deusas são uma única Deusa", múltiplas manifestações da Grande Mãe. Cultuar a Grande Deusa pode se manifestar no culto a um ou mais dos arquétipos que a representem nas diversas culturas do mundo. Assim, sejam as Lilith e a Shequinah judaicas, a babilônia Inanna, a havaiana Pele, a chinesa Kwan-In, a japonesa Amaterasu, a inca Ixchel, as africanas Yemanjá e Oyá, ou as hindus Sarasvati e Kali, sempre se estará prestando culto à mesma e única Deusa. As diferentes mitologias enumeram milhares de nomes de Deusas, correspondendo a aspectos ou atributos diversos. Assim, se escolhemos nos conectar com as Deusas Afrodite ou Ishtar ao procurarmos trabalhar a energia do amor, o fazemos porque essas formas do arquétipos, por disposição de milênios, mais se aproximam dessa energia. Se precisamos tratar de estudos ou escrita, criatividade nas artes, invocamos Atena ou Saravasti, por exemplo.

Muitas bruxas costumam se conectar com Deusas de diferentes mitologias, conforme a necessidade de seus trabalhos. Outras se atém a um panteão determinado e só cultuam as Deusas e Deuses daquela cultura. Ambas as formas de expressão fazem parte dos Caminhos da Deusa. Algumas bruxas preferem se conectar com as Deusas em sua forma mais primitiva, como Mãe Terra, daí utilizarem símbolos das chamadas Vênus pré-históricas, como de Laussel, Willendorf, Deusa serpente de Creta, Deusa do Nilo.

A DEUSA



A Deusa

A Deusa foi a primeira divindade cultuada pelo homem pré-histórico. As suas inúmeras imagens encontradas em vários sítios históricos e arqueológicos do mundo inteiro representavam a fertilidade - da mulher e da Terra. Por ser a mulher a doadora da vida atribuiu-se à Fonte Criadora Universal a condição feminina e a Mãe Terra tornou-se o primeiro contato da raça humana com o divino.

Quem é a Deusa?

Só o fato de termos que fazer essa pergunta demonstra o quanto nossa sociedade ocidental formada sob a égide da mitologia judaico-cristã se afastou de nossas origens. Fomos criados condicionados por uma cosmologia desprovida de símbolos do Sagrado Feminino, a não ser Maria, Mãe Divina, que não tem os atributos divinos, que são reconhecidos apenas ao Pai e ao Filho e é substituída na Trindade pelo conceito de Espírito Santo.

Maria é, quando muito, a intermediária para a atuação dos poderes do Deus...
-"peça à Mãe que o Filho concede..."
Mas Maria não é a Deusa, senão um de seus aspectos mais aceitos pela sociedade patriarcal, de coadjuvante do Deus, reproduzindo o fenômeno social do patriarcado em que a mulher auxilia o homem, mas sempre lhe é inferior e, por isso, deve submeter-se à sua autoridade.

Constata-se que a ausência de uma Deusa nas mitologias pós-cristãs se deve ao franco predomínio do patriarcado. Predomínio esse que nos trouxe, ao final do século XX, a uma sociedade norteada pelos valores da competição selvagem, da sobrevivência do mais forte, da violência ao invés da convivência, do predomínio da razão sobre a emoção. Mas a Deusa está ressurgindo. Desde a década de 60, reafirmando-se nas últimas, a descoberta da Terra como valor mais alto a preservar sob pena de não mais haver espécie humana fez decolar a consciência ecológica e o renascimento dos valores ligados à Deusa: a paz, a convivência na diversidade, a cultura, as artes, o respeito a outras formas de vida no planeta.

Cultuar a Deusa hoje significa reconsagrar o Sagrado Feminino, curando, assim, a Terra e a essência humana. Quer sejamos homens ou mulheres, sabemos que nossa psique contém aspectos masculinos e femininos. Aceitar e respeitar a Deusa como polaridade complementar do Deus é o primeiro passo para a cura de nossa fragmentação dualística interior.

A Deusa é cultuada como Mãe Terra, representando a plenitude da Terra, sua sacralidade. Sobre a Terra existimos e, ao fazê-lo, estamos pisando o corpo Onipotente e distante, que vive nos céus... A Deusa é a Terra que pisamos, nossos irmãos animais e plantas, a água que bebemos, o ar que respiramos, o fogo do centro dos vulcões, os rios, as cores do arco-íris, o meu corpo, o seu corpo... A Deusa está em todas as coisas... Ela é Aquela que Canta na Natureza... O Deus Cornífero seu consorte, segue sua música e é Aquele que Dança a Vida...

Cultuar a Deusa não significa substituir o Deus ou rejeitá-lo. Ambos, Deus e Deusa são as expressões da polaridade que permitiu que o Grande Espírito, o UNO, se manifestasse no universo... São os dois lados de uma mesma moeda... as duas faces do Todo, ou sua divisão primeira. Assim, crer na Deusa e no Deus ainda é crer em um Ser Supremo que, ao se bipartir, criou o princípio masculino e o princípio feminino, o Yin e o yang, o homem e a mulher.

A Deusa também é a Senhora da Lua e, mais uma vez, a explicação desse fato remonta às cavernas em que já vivemos. O homem pré-histórico desconhecia o papel do homem na reprodução, mas conhecia muito bem o papel da mulher. E ainda considerava a mulher envolta em uma aura mística, porque sangrava todo mês e não morria, ao passo que para qualquer dos homens sangrar significava morte. Portanto, a mulher devia ser muito poderosa, ainda mais que conhecia o "segredo" de ter bebês... É fácil entender porque a mulher era identificada com a Deusa, ou, melhor dizendo, porque a primeira divindade conhecida tinha que ter caracteres femininos... Ainda mais quando as pessoas descobriram que a gravidez durava 10 lunações e a colheita e o suceder das estações seguia um ciclo de 13 meses lunares. O primeiro calendário do homem pré-histórico foi mostrado nas mãos da famosa estatueta da Vênus de Laussel, que segura em sua mão um chifre em forma de crescente, com 13 talhos que representam as lunações.

Por sua conexão com a Lua e a mulher, a Deusa é cultuada em 3 aspectos: a Donzela, que corresponde à Lua Crescente, a Mãe representada na Lua Cheia e a Anciã, simbolizada na Lua Decrescente, ou seja, Minguante e Nova.

Na tradição da Deusa a Donzela é representada pela cor branca e significa os inícios, tudo o que vai crescer, o apogeu da juventude, as sementes plantadas que começam a germinar, a Primavera, os animais no cio e seu acasalamento. Ela e a Virgem, não só aquela que é fisicamente virgem, mas a mulher que se basta, independente e auto-suficiente.

Como Mãe a Deusa está em sua plenitude. Sua cor é o vermelho, sua época o verão. Significa abundância, proteção, procriação, nutrição, os animais parindo e amamentando, as espigas maduras, a prosperidade, a idade adulta. Ela é a Senhora da Vida, a face mais acolhedora da Deusa.

Por fim, a Deusa é a Anciã, que é a Mulher Sábia, aquela que atingiu a menopausa e não mais verte seu sangue, tornando-se assim mais poderosa por isso. Simboliza a paciência, a sabedoria, a velhice, o anoitecer, a cor preta. A Anciã também é a Deusa em sua face Negra da Ceifeira, a Senhora da Morte. Aquela que precisa agir para que o eterno ciclo dos renascimentos seja perpetuado. Esta é o aspecto com que mais dificilmente nos conectamos, porém, a Senhora da Sombra, a Guardiã das Trevas e Condutora das Almas é essencial em nossos processos vitais. Que seria de nós se não existisse a morte? Não poderíamos renascer, recomeçar...

Desta forma, é fácil compreendermos porque a Religião da Deusa postula a reencarnação. Se fazemos parte de um universo em constante mutação, que sentido haveria em crermos que somos os únicos a não participar do processo interminável da vida-morte-renascimento? Essa realidade existe no microcosmo do ciclo das estações, da colheita que tem que ser feita para que se reúnam as sementes e haja novo plantio. É justamente por isso que aqueles que seguem o Caminho da Deusa celebram a chamada Roda do Ano, constituida pelos 8 Sabbats celtas que marcam a passagem das estações. Ao celebrar os Sabbats cremos que estamos ajudando no giro da Roda da Vida, participando assim de um processo de co-criação do mundo.

Por tudo o que dissemos fica fácil entender porque os caminhos, cultos e tradições centrados na Deusa são religiões naturais, fundamentadas nos ciclos da natureza e no entendimento de seus elementos e ritmos. Estas práticas de magia natural usam a conexão e correlação dos elementos da natureza - Água, Terra, Fogo e Ar, as correspondências astrológicas (signos zodiacais, influências planetárias, dias e horários propícios, pedras minerais, plantas, essências, cores, sons) e a sintonia com os seres elementais (Devas Guardiões dos lugares, Gnomos, Silfos, Ondinas, Salamandras, Duendes e Fadas).